[Cenário: Um salão atemporal, em um plano fora do tempo e do espaço. O chão é de mármore branco, o teto é um céu estrelado que se move lentamente. Ao redor de uma mesa redonda, sentam-se quatro figuras imponentes: Hamurabi, Genghis Khan, Napoleão Bonaparte e Dom Pedro I.]
Hamurabi (com voz grave e pausada, seu rosto sereno como uma estátua):
— Senhores, saudações. É curioso nos encontrarmos além da areia do tempo. Eu fui o primeiro a colocar a justiça em pedra. Meu código foi o alicerce de leis por milênios. A civilização precisa de ordem.
Genghis Khan (sorri com ferocidade, sua armadura ainda marcada por batalhas):
— Justiça é boa... mas é o poder que molda o mundo. Eu uni tribos, criei o maior império contínuo da Terra com ferro e cavalgadas. Onde meu cavalo pisou, novas rotas e culturas nasceram. Meu legado é movimento.
Napoleão (com um leve deboche francês, ajeita a gola do uniforme):
— Interessante. Eu também reescrevi fronteiras. Transformei a Europa com ideias e canhões. Levei os ideais da Revolução com a espada. E até hoje se estuda meu Código Civil — que, com licença, Hamurabi, tem um toque mais refinado.
Dom Pedro I (ergue a taça, em pose de orador dramático):
— Ah, meus senhores! Eu proclamei a independência de um império tropical com espada em punho e poesia no coração! Trouxe liberdade a um povo sem mergulhá-lo em rios de sangue. "Independência ou Morte", lembram? Meu grito ainda ecoa!
Hamurabi (inclinando a cabeça):
— A independência sem justiça seria caos. A lei sustenta o império, não a espada.
Genghis Khan (bate a mão na mesa, firme):
— Mas sem a espada, não há império a sustentar! A conquista é o ventre da civilização.
Napoleão (sorri de canto):
— E sem ideias, senhores, tudo isso ruiria. Conquistas e códigos são nada sem uma visão.
Dom Pedro I (com um riso leve):
— Então brindemos ao que somos: o conquistador, o legislador, o imperador das ideias e o libertador do Novo Mundo.
[Todos levantam taças que surgem magicamente diante deles, brindando em um gesto solene que ecoa pelo tempo.]
Hamurabi:
— Que nossos legados sejam lembrados não só pelo que fizemos... mas pelo que inspiramos.
Genghis Khan:
— E que os ventos da história nunca parem de soprar.
Napoleão:
— Que o mundo continue girando sob nossos nomes.
Dom Pedro I:
— E que o futuro saiba que a história também tem alma.
[Silêncio. O salão se desvanece, mas as palavras continuam ressoando como ecos na eternidade.]
Peça teatral: Odair José, Poeta Cacerense
Imagem: Criada pela IA
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