quinta-feira, 4 de julho de 2019

Na mesa do bar


Por Odair José da Silva

Fazia um calor infernal. Com certeza a temperatura beirava os quarenta graus. Cáceres sempre foi quente. Mas, naquela tarde parecia que o inferno havia sido aberto. Estava meio que perdido. As ruas estreitas do centro histórico dificulta quem não conhece a cidade direito. Levou as mãos acima dos olhos para ver direito as casas a sua frente e foi quando avistou o bar. Resolveu parar para tomar uma Coca-Cola ou uma cerveja qualquer. Queria era refrescar a goela.

Entrou no bar e, antes de pedir alguma coisa, ficou petrificado com o que via a sua frente. Havia uma mesa de sinuca bem no meio do salão, entre a porta e o balcão. Nada de anormal em ter uma mesa de sinuca em um bar. Quase todos eles têm. Mas, não com uma morena daquelas.

Ela estava deitada de lado em cima da mesa de sinuca. Era um espetáculo. Cabelos cacheados jogados ao lado, seios fartos quase saindo fora do decote da blusa vermelha apertada ao corpo. Um piercing no umbigo e uma tatuagem de borboleta logo abaixo. Um short jeans desfiado que mal cobria metade de sua bunda bem torneada. As pernas eram perfeitas e sensuais. Voltou o olhar para seu rosto e viu o sorriso malicioso. Seu olhar era de uma sedução só.

Engoliu em seco. Respirou fundo. Agora o suor havia aumentado consideravelmente. Além do calor abrasador daquela tarde o calor daquela morena quase provocava um infarto. Encostou no balcão e pediu uma cerveja ao atendente que mantinha uma cara de poucos amigos. Ficou sem graça com isso. Aquela morena seria alguma coisa desse cara?

* A História completa em breve no meu novo livro de Contos e Pensamentos do Poeta Cacerense.