sexta-feira, 6 de novembro de 2020

O olhar do demônio

 

[...] Caminhou um pouco por entre os restos de carros, bicicletas e prédios despedaçados por todas as partes. Via pedaços de pessoas e o mau cheiro já atraia um bando de urubus que rondavam o céu da cidade. 
 
Deparou-se com os destroços do Supermercado Juba. Encontrou algumas latas de sardinhas, salsichas e outros enlatados. Abriu uma delas e começou a se alimentar. Notou que havia uma mistura imensa de produtos de supermercado, Dvds e roupas misturadas com pessoas. Pensou no que as pessoas estavam fazendo na hora da explosão. Comprando no supermercado, escolhendo um filme para assistir ou experimentando uma roupa. O que era a vida? 
 
Estava terminando de comer a sardinha quando ouviu um barulho de vozes. Olhou para os lados. Levantou-se. Foi quando ele avistou as duas garotas. Pareciam perdidas. Uma era branca e a outra um pouco mais morena. Pelo olhar dele viu-se um pouco de malícia. Gritou e as garotas olharam para ele. [...]
 
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Profanação

 

[...] Mas aquilo foi uma profanação. Taparam sua boca. Amordaçaram suas ideias e apagaram suas esperanças. Tudo que ela havia planejado para sua vida foi sorrateiramente tirado dela. Até o seu sorriso foi levado pelo vento da maldade e ela se viu mais uma vez prisioneira de seu cruel destino. 
Quantas primaveras já se passaram. Quantos fevereiros em sua vida sofrida ainda vão se apresentar? Será ela capaz de suportar tamanho sofrimento em sua longa caminhada? Os poucos momentos de alegria que esporadicamente surgem em sua vida são subitamente dissipados pelos longos momentos de frustrações, decepções e ilusões que a cerca constantemente.[...]
 
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