terça-feira, 11 de julho de 2023

O Anjo da Ventura e o casal apaixonado

    Conta-se uma história que aconteceu um fato, no mínimo, curioso com um casal que se conheceram em Cáceres nos anos 80. Era uma noite fria de outono em Cáceres, uma pequena cidade encantadora no interior do Mato Grosso. Carlos e Malu, um casal de namorados aventureiros, decidiram explorar um antigo casarão abandonado que diziam ser assombrado. Eles haviam ouvido várias histórias sobre o lugar e estavam curiosos para descobrir a verdade. 

    O casarão estava coberto de trepadeiras retorcidas, com janelas quebradas e uma atmosfera sinistra. Carlos, sempre corajoso, decidiu que era hora de entrar. Malu, por outro lado, estava um pouco hesitante, mas decidiu seguir o seu amado, pronta para qualquer desafio que surgisse. 

    Assim que eles atravessam a porta principal, bastante danificada, uma rajada de vento assobiou pelos corredores, fazendo-os tremer. Eles se encorajaram mutuamente, mantendo a esperança de que sua coragem os protegessem de qualquer perigo. 

    Enquanto exploravam o casarão, a diversão começou a tomar conta deles. Eles riam e brincavam, desafiando um ao outro a encontrar o cômodo mais assustador. Cada tropeção em latas e objetos velhos deixados pelo chão e sombras projetadas na parede aumentavam suas adrenalinas, tornando a experiência assustadora, mas emocionante. 

    De repente, uma presença etérea apareceu diante deles. Era o Anjo da Ventura, uma figura misteriosa vestida com roupas antigas e uma expressão sorridente no rosto. Carlos e Malu se entreolharam, misturando susto e fascinação. Parecia que sua aventura havia alcançado outro nível. 

    O Anjo da Ventura os desafiou a uma série de jogos divertidos. Eles jogaram esconde-esconde pelos corredores escuros, ouviram histórias assustadoras enquanto a luz de algumas velas tremeluziam e jogaram uma versão assombrada de "verdade ou desafio". Cada desafio superado traziam risadas e sustos, envolvendo a atmosfera tensa em uma brincadeira divertida. 

    Com o passar das horas, o jovem casal se sentiram cada vez mais à vontade com o Anjo da Ventura. Eles perceberam que a presença misteriosa não era malévola, mas sim uma entidade travessa que procurava alegrar as noites dos corajosos exploradores da pacata Princesinha do Rio Paraguai. 

    Ao raiar do dia, o Anjo da Ventura desapareceu, deixando Carlos e Malu com uma experiência que nunca esqueceriam. Embora tenham entrado no casarão assombrado com medo, eles descobriram que a verdadeira aventura estava em enfrentar seus medos e encontrar alegria em situações inesperadas. 

    Desde então, o jovem casal apaixonado tornaram-se inseparáveis, compartilhando histórias sobre o Anjo da Ventura com amigos e familiares. A lenda do casarão assombrado ganhou um novo significado, girando-se em uma história assustadora, mas ao mesmo tempo, divertida que sempre trazia sorrisos e risos a quem a ouvia. 

    E assim, o casal de namorados e o Anjo da Ventura em Cáceres nos anos 80 continuaram a uma longa alegria e coragem por onde quer que estivessem, provando que até mesmo as histórias assustadoras podem ter um toque de diversão e encanto. Conta-se em algum lugar que quando você olha para a imagem do Anjo da Ventura você não percebe que ele está, também, te observando. E quase ninguém acredita que ele desce, às vezes, para brincar com os jovens casais nos casarões antigos.

Conto: Odair José, Poeta Cacerense

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