A cidade dorme. Não é possível ver nenhuma alma perdida vagando pelo centro. Silêncio absoluto. Até os cães dormem porque não se ouve nenhum latido. Prédios centenários parecem observar o trôpego caminhante que vacila entre a rua e a calçada. Uma alma dilacerada pelo álcool. Escravo do vício. Mais um alcoólico anônimo.
Um pai de família que não está com a família? Um filho abandonado pelo pai e que encontrou guarida nas bebidas? Quem poderá saber? Quem um dia perguntará isso a ele? Uma vida que segue sem destino algum em direção ao nada e, se Deus não tiver misericórdia, ninguém mais terá. A madrugada é fria. Deita-se entre restos de jornais e dorme. Logo outro dia nascerá. E quem sabe o seu destino?
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense
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